sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Jolie o primogênito.

  Uma certa tarde de verão minha mãe e eu voltavamos da casa da minha avó, quando nos deparamos com uma cadelinha perdida no caminho. Minha mãe logo teve a idéia de levar ela para casa e adota-lá e eu concordei, pois fazia tempo que não tinhamos um animal de estimação  em casa.
   Chegamos em casa minha irmã adorou a novidade, já meu pai de inicio não gostou muito, depois foi aprovando com o tempo. A cedelinha era toda peludinha branquinha, e ficou mais fofinha ainda depois de um bom banho, foi após esse banho que percebemos que ela era cega de um olho...
  Entramos todos em conflito para decidir o nome do animal, foi ai  que decidimos que ela mesmo escolheria. Cada um escreveu o nome que prefeira em um pedacinho de papel, meu pai escreveu Lola, minha mãe Lilica, minha irmã Belinha e eu escrevi Madonna, eu amava a cantora Madonna! Então embrulhamos os papéis e jogamos no chão  pertinho da cadela, o primeiro que ela encostasse o focinho seria o nome dela. Por fim o nome escolhido foi Lilica.
  Depois de quatro meses, minha mãe volta do serviço com um cachorro no colo, sofrendo para carregar o cachorro e guiar a bicicleta que ela dirigia. Mamãe havia dito que ganhará-ra o animal de uma amiga do serviço e não podia recusar. O cachorro devia ter quase o mesmo tamanho que Lilica, tinha o mesmo tipo de pelo e também era branquinho. O nome do cachorro já havia sido escolhido por seus antigos donos, se chamava Fred.
   Não lembro exatamente quanto tempo se passou, mas após o casamento com Fred, Lilica ficou grávida. E o parto digamos que não foi muito feliz de sete filhotes sobreviveram apenas três, duas cadelinhas e um cachorrinho. Quando os filhotes ficaram maiores minha mãe deu uma das cadelinhas para minha Tia Claudia, que por coincidência colocou o nome dela de Belinha, o mesmo aconteceu aqui em casa a cadelinha acabou se chamando Belinha e o cachorrinho se chamou Jolie, por causa de uma novela que minha mãe e minha vó gostavam e que também tinha um cachorro com esse nome...
   Um certo dia meu pai e minha mãe decidirem mandar o Fred embora, pois já tinhamos vários cachorros e com Fred aqui em casa a familia canina só aumentava. Então demos o Fred para um amigo do meu pai, e ficamos somente com Lilica, Belinha e Jolie.
   Com a ida de Fred para outro lar, Lilica se revelou uma cadela um pouco assanhada, fugia do pátio para ficar com outros cachorros, começou a imcomodar os vizinhos... e quando em uma certa noite ela uivou,pronto! Já era a Lilica. Minha mãe sempre dizia que quando os cachorros uivavam era sinal de mau- agouro.
   Tentamos dar a Lilica para alguém, mas ninguém quis. Então pegamos ela e levamos até uma rua bem distante da nossa casa, mas incrivelmente ela conseguiu retornar. Então minha mãe e eu bolamos um plano infalível. Colocamos a Lilica dentro de uma mochila, e pegamos o trem, não sei como os passageiros não notaram os gemidos da pobre cadela que não parava quieta dentro da mochila. Paramos depois de umas quatro estações, quando abrimos a mochila, Lilica saiu em disparada e nunca mais vimos.
  Voltamos para casa e agora nos restava somente dois filhotinhos fofos, peludos e branquinhos. Belinha e Jolie. Pelas minhas contas, acho que foram umas três semanas Belinha morreu de tristeza, tadinha, sentia falta da Lilica. Minha irmã chorava como se fosse o fim do mundo, a por incrível que pareça ela fez até enterro para o pobre animal.
   Passado todos esses eventos com os nossos cachorros, Jolie continuava firme e forte, e cada dia mais grande e peludo.  Jolie era realmente bonito, tão bonito que não deu muito, roubaram nosso cachorro. Até hoje nem sinal do nosso primeiro Jolie.

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